O INVENTÁRIO DO MUNDO

===========================================================================================================================================================Fãs da obra de Bispo do Rosário. Bem vindos para ver coisas que considero legais; uma extensão de mim; meus pensamentos e gostos, simplesmente eu: T.MARIA ; tome como verdade o que lhe convém. =========================================================================================================================================================== Uma voz é ouvida pelo homem negro, pobre, estigmatizado, preso numa cela de manicômio. Ele é Arthur Bispo do Rosário. A voz transforma a sua realidade, dá-lhe o tamanho gigante que tem, ordena que ele mude seus dias até seu encontro com Deus. E Arthur transmuta a miséria em riqueza e cor, em fé e sonho. Este Blog retrata a vida, o processo de loucura e a criação artística de Bispo do Rosário, sergipano que viveu por cinco décadas internado em hospitais psiquiátricos, diagnosticado como esquizofrênico. Seu talento artístico e sua obra surpreendente foram descobertos no início dos anos 80 e ganharam repercussão internacional. O que se tem aqui é a história de um homem que se situa entre o mito e a realidade. Com o Manto da Apresentação Bispo do Rosário queria ser enterrado, para estar vestido com a história de sua vida ao chegar à presença de Deus, no grande dia, no dia em que esse corpo atravessaria a matéria e poderia enfim transcendê-la. Transcender a brutalidade que mora na matéria, na condição de vida-morte imposta à sua matéria. O fato de haver tantas fragilidades em sua memória torna ainda mais importante conhecer da história de Bispo. Seja em museus, cordéis, sites, filmes, livros, músicas e o que mais houver, assim preservar sua memória.

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MUSEU BISPO DO ROSÁRIO 'EXPOSIÇÃO QUILOMBO DO ROSÁRIO' 2018 - Obra Africa de Bispo

Museu no Rio expõe obra inédita de Bispo do Rosário

Publicado em 25/08/2018 - 13:18
Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, abriu hoje (25) a exposição Quilombo do Rosário, que tem como principal atrativo a apresentação inédita da obra África de Bispo, que permaneceu guardada para restauro no Museu Nacional de Belas Artes desde a década de 1990.
A mostra reúne obras de Arthur Bispo do Rosário, Stela do Patrocínio e Antonio Bragança, que foram internos na antiga Colônia Juliano Moreira, um dos maiores manicômios do Brasil no século 20. A exposição é complementada por obras de artistas contemporâneos convidados.
Segundo o curador do museu, Ricardo Resende, o mapa da África feito por Bispo do Rosário, exposto ao público pela primeira vez, permite debater a questão da negritude, da arte negra e da cultura afro-brasileira. “Pela primeira vez se traz um olhar do negro na obra do Bispo do Rosário. É o artista negro. Isso nunca foi tratado, na verdade. Sempre se fala da obra, mas nunca se falou do artista negro. A exposição vem em um bom momento”, analisou.

Entrada livre

Pensada para ocorrer em 2016, a exposição só está sendo aberta dois anos mais tarde. De acordo com o curador do museu, dificuldades na obtenção de apoio financeiro retardaram a execução. A mostra ficará aberta à visitação até fevereiro de 2019, com ingresso livre para o público de todas as idades. “O Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea é uma instituição 100% pública, então nós não cobramos ingresso”, destacou Ricardo Resende.
A exposição tem patrocínio da prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e da Via Rio, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei do ISS.

Quilombo

No local onde funcionou a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, e onde está instalado o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, existiu o Engenho Nossa Senhora dos Remédios no século 17. As ruínas podem ser observadas ainda hoje no local, deixando evidentes as características dos habitantes de quilombo.
“É nesse sentido que o universo criado por Bispo do Rosário é quilombo, lugar de resistência, luta, mas principalmente de reinvenção, que começa na cabeça, com o quilombo de memórias culturais, intelectuais e afetivas, e percorre o corpo, recria estéticas, pertencimentos, territórios”, informou a assessoria de imprensa do museu.
Atividades paralelas, como apresentações de capoeira, jongo e cortejos, serão promovidas hoje em paralelo à exposição. Também ocorrerá a tradicional Feijoada de Preto Velho, realizada há várias gerações no dia 13 de maio, na antiga sede do engenho colonial.
Edição: Wellton Máximo

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