ARCOS DOS PSICOPATAS
OU
ARCOS DOS TELES
Aqueduto dos Teles, conhecido como Aqueduto dos Psicopatas, por ficar dentro da Colonia Juliano Moreira. Construído em 1745 por José Fernandes Pinto Alpoim - Engenheiro militar português, escravos ou negros de ganho a mando do comendador Antônio Telles de Menezes, dono da fazenda da Taquara, onde tinha o engenho de Nossa Senhora dos Remédios. Tem 56 metros lineares e 10 metros de altura em argamassa de areia, pedra, cal, e óleo de baleia, sete arcos resistem ao abandono e à falta de conservação. Originalmente, eram nove, dois desmoronaram. Tombados pelo IPHAN em 1958.
1863 - Ao fundo da pintura é possível ver o antigo aqueduto de engenho novo.
As serras foram barreiras naturais no desbravamento do velho oeste carioca. Ao mesmo tempo que exótica e pitoresca, Jacarepaguá permeia-se geograficamente entre o mar e as montanhas. Desde os tempos primitivos do período pré-Cabraliano, ás batalhas indigenas no vale do Marangá ,ou piratas e corçários franceses em Jacarepaguá. Nosso bairro sempre conservou o grande bioma verde que temos. A mata atlântica sempre aguçou a curiosidade e o interesse de incontáveis viajantes e homens comuns, grandes desbravadores na busca por pau- Brasil, ou posteriormente na caça ás gemas preciosas e ouro. Tesouros e lendas resguardados em um dos bairros mais antigos do Rio de Janeiro , verdadeiras relíquias peças que compõem um importante quebra-cabeça que, com pesquisas sérias, forma um tênue mosaico do tempo que não conhecemos mais, um Rio Colonial apagado pela erosão e descuido de autoridades sem compromisso com nossa memória cultural. Um povo sem memória é um povo sem história.
E é sobre este mosaico escondido que lançamos luz. Por quase 300 anos, escondido dentro da floresta, um tesouro arqueológico soterrado por pedras e galhos, no Parque Estadual da Pedra Branca na Colônia Juliano Moreira: Um aqueduto coberto por lama e erosão, uma obra setecentista. Um perfeito complexo aqüífero, semelhante aos arcos da carioca, na lapa tão conhecido cartão postal no centro da cidade, e tem relação estreita com a história de Jacarepaguá. Segundo o relatório do Iphan, o Aqueduto vulgarmente chamado “ Arcos dos Psicopatas”, é uma relíquia arquitetônica colonial do século XVIII. A diferença entre os dois aquedutos é que nos Arcos da Carioca não houve a preservação das redes coletoras de captação de água. Em nosso bairro, a Floresta propiciou a preservação das canaletas coletoras. A obra foi realizada pelo brigadeiro Alpoim. Após o termino do aqueduto da carioca abalizado pelo Vice-Rei Conde de Bobadela(Gomes Freire de Andrade) em 1750 foi inaugurado.O então juiz de Órfão, Dr. Antonio Telles Menezes, contratou o arquiteto para execução do aqueduto do Engenho Novo ( Atual Colônia Juliano Moreira) os reparo na casa dos Telles de Menezes, no centro do Rio foi em 1745 o velho ARCO do TELES resiste até nossos dias ,joia da arquitetura colonial. Além da remodelação do Solar da familía antiga sede do antigo ENGENHO da Taquara. Ao observamos a grandiosidade dos Arcos ,de volta plena com 56 metros lineares e 10 metros de altura, que é o termino do canal coletor, ou seja, a parte de ligação das canaletas de argamassa de areia, pedra, cal, e óleo de baleia. Vimos o esforço hercúleo que foi necessário, para execução dessa grandiosa obra, tendo sido precisa recorreu os outros engenhos ( Engenho da Taquara e de fora), visto que o serviço foi feito por escravos ou negros de ganho. Apenas o trecho final do aqueduto, ou seja, 7 arcos de um total de 9 foram tombados pelo IPHAN, em 1958.A jazida arqueológica do aqueduto foi registrada em1962 no cadastro Nacional de Sítio Arqueológico (CNSA) do IPHAN ou seja 100anos depois do lançamento da pedra fundamental da reedificação da capela de estilo neo-classico tardio imortalizada na pintura de Emilio Bauch ,e mantenedora da obra (AMI) e o projeto arquitetônico é de Theodoro Marx. E hoje, esta descaracterizada completamente. Podemos observar este conjunto arquitetônico em Jacarepaguá, essas joias setecentista e oitocentista incrustada na maior floresta urbana do Brasil. Parque Estadual da Pedra Branca! É JPA!
Marcos André D.C.N. De Azevedo - Historiógrafo: Pesquisador do NOPH.-JPA e RJ ( Núcleo de Orientação e Pesquisa de Jacarepaguá e Rio de Janeiro)
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1936 |
c.a. 1750 Aqueduto de Engenho Novo -
https://pt.slideshare.net/slideshow/aula-06-os-engenhos-de-acar/40676124
O documento descreve a importância histórica da produção de açúcar no Brasil colonial, que impulsionou a ocupação e colonização do território pelos portugueses
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Núcleo Rodrigues Caldas - c.a. 1940 com vista do Aqueduto |
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1940 09 01 - Ao fundo é possível ver o antigo Aqueduto de engenho novo Dr. Adauto Junqueira Botelho [(MG *1895 – +1963) foi um professor e médico brasileiro psiquiatra e neurologistas] , diretor do serviço de assistência a psicopatas mostrando ao Presidente Getúlio Vargas as novas instalações Acervo Instituto Philippe Pinel |
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2020-12-30 |
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.2021 10 31 |
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2022-01-23 |
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2022-01-23 |
CANALETAS QUE ABASTECIAM O AQUEDUTO DO ENGENHO NOVO
O sítio onde estão localizados os vestígios da canaleta pertence ao campus FIOCRUZ Mata Atlântica. Por sua proximidade
e pela contextualização com os vestígios do antigo engenho, foi
formado um grupo de trabalho entre a Prefeitura e a FIOCRUZ,
que estabeleceu uma série de projetos para garantir a preservação
do NHRC, e a pesquisa arqueológica foi um destes.
O descobridor das canaletas no sitio arqueológico Colonia Juliano Moreira ( O Guardião da Floresta Parque Estadual da Pedra Branca). |
Floresta guarda aqueduto de 300 anos
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Ambientalistas que percorriam as matas da Colônia Juliano Moreira (unidade de tratamento psiquiátrico na Taquara, zona oeste do Rio) localizaram, coberto pela mata atlântica, um aqueduto de cerca de 3 km de extensão de quase 300 anos. A descoberta é preciosa por causa da raridade arquitetônica da construção.
O bom estado de conservação do aqueduto o torna único na América do Sul, de acordo com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ele foi construído por escravo no século 18, para levar água a um engenho de cana-de-açúcar.
Os técnicos do Iphan estão entusiasmados. Eles já realizaram três vistorias após a descoberta do aqueduto, esquecido em meio à floresta fechada, em área administrada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Em relatórios encaminhados à 6ª Superintendência Regional do Iphan -responsável pelos Estados do Rio e do Espírito Santo-, os técnicos José Grevy Alves (arquiteto) e João Carlos Gomes (biólogo e arqueólogo) sugerem o tombamento do aqueduto.
Até a descoberta, em 3 de março de 2002, só era conhecido, e tombado pelo Iphan em 1958, o trecho final do aqueduto, construção nos moldes dos arcos da Lapa, um dos cartões-postais do Rio. Sete arcos resistem ao abandono e à falta de conservação. Originalmente, eram nove. Dois desmoronaram.
A diferença entre os dois aquedutos é que, no da Lapa, não houve a preservação da rede de captação da água que abastecia o centro do Rio no século 18. A proteção da natureza propiciou que a construção similar da Juliano Moreira se mantivesse a salvo do crescimento urbano. Um terceiro aqueduto, o do Catumbi (bairro na região central), do mesmo período dos demais, já foi destruído.
Segundo os relatórios dos técnicos do Iphan, o chamado "aqueduto dos psicopatas" foi construído em seguida à inauguração do da Carioca (os arcos da Lapa são seus remanescentes), em 1723.
Construir um aqueduto foi o modo encontrado pelo comendador Antônio Telles de Menezes, dono de terras no Rio à época, de irrigar a fazenda da Taquara, onde tinha o engenho de Nossa Senhora dos Remédios, com plantações de cana-de-açúcar.
Com a decadência do ciclo açucareiro, por volta de 1730, a fazenda foi sendo aos poucos abandonada, o aqueduto deixou de ser usado, o mato cresceu em volta e a obra permaneceu escondida por, pelo menos, 150 anos.
Após a descoberta da relíquia setecentista, os próprios ambientalistas, liderados pelo presidente da ONG (organização não-governamental) SOS Floresta da Pedra Branca, Adilson Antônio de Lacerda, retiraram parte do mato que cobria 70% dos cerca de 3 km entre os arcos e o ponto de captação da água, em um açude ao lado da cachoeira do Engenho Novo, a 60 m de altitude.
Trechos que somam cerca de 1 km não puderam ser limpos. Estão aterrados ou foram construídos barracos e casas sobre os canaletes. A floresta onde fica o aqueduto está há cinco anos sob a administração da Fiocruz. No terreno de 5 milhões de metros quadrados, a fundação planeja instalar o campus de Jacarepaguá.
Do açude aos arcos, a água seguia por canaletes de 60 cm de profundidade por 40 cm de largura, com paredes de pedra e piso de cerâmica. Os canaletes são ladeados por um calçamento formado por blocos de pedra maciça, que descem pela montanha até os arcos. É essa espécie de caminho em meio à floresta que forma o conjunto arquitetônico em avaliação para tombamento pelo Iphan.
A natureza protegeu o aqueduto por muito anos. O homem não está sendo tão cuidadoso. Os canaletes têm sido pisoteados durante cavalgadas e aterradas para a construção de barracos e casas.
Agrava a situação o fato de morarem na área administrada pela Fiocruz cerca de mil pessoas de uma comunidade carente surgida na colônia há décadas.
O local apresenta precárias condições de saneamento. Não há rede de esgoto. As valas negras correm a céu aberto. A captação de água é a mesma de cem anos atrás. Os canos apodreceram.
A Fiocruz informa que só permite a entrada na área de moradores e convidados. Mas costumam ocorrer no terreno cavalgadas batizadas de ecológicas. Como os canaletes ficaram expostos a partir da limpeza do terreno, os cavaleiros usam trechos do aqueduto como trilha.
Inês El-Jaick Andrade - Fotografia de satélite indicando o trajeto da canaleta |
Inês El-Jaick Andrade - Vestígios da canaleta |
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A equipe do S.O.S Floresta limpando as canaletas em 1986. https://nophjpa.blogspot.com/2010/07/desbravando-as-sesmarias-de-jacarepagua.html |
Visita as canaletas no dia 04/02/2000 com a equipe do IPHAN. https://nophjpa.blogspot.com/2010/07/desbravando-as-sesmarias-de-jacarepagua.html |
Trajeto da canaleta |
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A canaleta, foi tombado pelo IPHAN3 em 1938. A jazida arqueológica do aqueduto4 foi registrada em 1962 no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do IPHAN. O sítio onde estão localizados os vestígios da canaleta pertence ao campus FIOCRUZ Mata Atlântica
Algumas construções do Engenho Novo ainda existem
na Colônia Juliano Moreira e foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). Processo E-18/001.178/90, em 27/08/1990
2010 03 01- https://nophjpa.blogspot.com/2010/07/desbravando-as-sesmarias-de-jacarepagua.html